quarta-feira, 13 de julho de 2011

Situação com o PR está superada, afirma Ideli Salvatti









A situação entre o governo e o PR, após a escolha do novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, está superada, segundo a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. O coquetel oferecido pela presidente Dilma Rousseff (PT) na noite desta quarta-feira no Palácio da Alvorada para ministros, líderes e parlamentares de partidos da base aliada reuniu Passos e os dois líderes do PR.




"Isso (o desentendimento entre o governo e o PR) é pagina virada. O importante é que o Ministério dos Transportes execute, de forma ética e responsável, as obras importantíssimas que esse ministério tem para tocar", disse a ministra. Ideli Salvatti declarou ainda que a permanência de Luiz Antonio Pagot na direção do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) ainda não está definida.




A ministra também falou que, durante o coquetel, a presidente Dilma agradeceu a parceria, o esforço e trabalho dos integrantes do governo nesses primeiros seis meses de mandato. A presidenta também destacou, segundo a ministra, a aprovação do salário mínimo e o compartilhamento das responsabilidades pelos ajustes fiscais no combate à inflação.




A queda do ministro dos Transportes
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do Partido da República teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).




O esquema seria comandado pelo secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto. Mesmo sem cargo na estrutura federal, ele lideraria reuniões com empreiteiros e consultorias que participavam de licitações do governo no ramo. Pelo menos dois assessores diretos do então ministro, Alfredo Nascimento (PR), foram afastados dos cargos. Também deixaram suas funções o diretor-geral do Dnit, Luiz Antônio Pagot, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves.




O PR emitiu nota negando a participação no suposto esquema e prometendo ingressar com uma medida judicial contra a revista. Nascimento, que também negou as denúncias de conivência com as irregularidades, abriu uma sindicância interna no ministério e pediu que a Controladoria-Geral da República (CGU) fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Assim, a CGU iniciou "um trabalho de análise aprofundada e específica em todas as licitações, contratos e execução de obras que deram origem às denúncias".




Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias: o Ministério Público investigava o crescimento patrimonial de 86.500% em seis anos do filho do ministro, Gustavo. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão à presidente.

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